Promotor
Município de Vila Nova de Famalicão
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Close-Up Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão
Episódio 1.2 - 28 de março e 1 de abril
O FIM DO OUTONO
1 de abril, sábado, 17:45
Pequeno Auditório
Entrada: 2 euros / Cartão Quadrilátero Cultural: 1 euro
Entrada livre: estudantes, seniores, associados de cineclubes
M/12 anos
Duração: 125 minutos
O FIM DO OUTONO de Yasujiro Ozu
Histórias do Cinema
Reunidos para lembrar Shuzo, que faleceu há sete anos, três dos seus amigos decidem que está na hora de encontrar um bom marido para a filha que deixou: a bela Ayako (Yôko Tsukasa), de 24 anos. Ela não quer casar-se tão cedo, mas isso não os demove de lhe procurar um pretendente. A resistência de Ayako tem um motivo: ela não quer sair de casa para não deixar sozinha a mãe, Akiko (Setsuko Hara), por quem, aliás, cada um dos três homens se sente há muito atraído.
Realizado pelo japonês Yasujirô Ozu, um dos mais aclamados cineastas de sempre, "O Fim do Outono" baseia-se no romance homónimo do escritor Ton Satomi.
Realização: Yasujiro Ozu
Argumento: Kôgo Noda, Yasujir Ozu
Produção: Shizuo Yamanouchi
Género: Ficção
Interpretação: Setsuko Hara, Yôko Tsukasa, Mariko Okada
Título Original: Akibiyori
Fotografia: Yuuharu Atsuta
Montagem: Yoshiyasu Hamamura
Música: Kojun Saitô
Duração: 125 minutos
Origem: Japão
Classificação Etária: M/12 anos
Ano: 1960
HISTÓRIAS DO CINEMA: Yasujiro Ozu + Isao Takahata: Uma Família em Tóquio
Na sombra da cultura japonesa, como um fluído entrelaçado com o espaço estilístico ímpar de Yasujiro Ozu, delicadas histórias do quotidiano apresentam-se tão orgânicas quanto as analogias favoritas do realizador: o movimento da luz, o ciclo da vida, a passagem das estações. Nos filmes de Ozu, as banalidades da existência transformam-se em verdades eternas. Nada é forçado, na tela sobram apenas os detalhes que compõem a natureza humana, entregues por uma lente contemplativa, redutora e pura.
É neste cruzamento que encontramos Isao Takahata, um dos fundadores dos Estúdios Ghibli, precursor da animação japonesa. Da proeminente reinvenção técnica, que desafia convenções, à captação da vida com sublime contenção e intimidade, nos desenhos em movimento de Takahata estão impressos vestígios da filmografia de Ozu, de forma oblíqua e discreta, mas surpreendente. A secção Histórias do Cinema propõe estabelecer uma linha de intersecção entre os dois grandes cineastas.